E lá estava sua pilha de livros rumo ao teto, feita de livros
grossos, outros finos, amarelados e amassados, já pesados com toda a história e
os sorrisos acumulados ao longo dos meses. E era ali, naquele monte de páginas
com letras grandes e pretas em que Lori se sentia mais feliz.
Claro que tomar um sorvete cremoso ou pular corda na maior
velocidade á tornavam feliz também, mas seus queridos livros eram outro tipo de
alegria. Daquela mais quieta, pura e ingênua, como a verdadeira criança que o
segurava por entre os dedos.
Lori já vinha correndo em direção á sua coletânea de textos
que empresam felicidade para pegar um novíssimo livro, adquirido no dia de
ontem. E com o maior cuidado, secando as mãos suadas na roupa, ela pega o
livrinho de capa avermelhada e o admira de longe. Percebe cada detalhe da capa,
do cabelo do menino, á suas bochechas gorduchas. E depois de alguns instantes
ela pisca e sorri.
Com o livro na mão, a menina senta-se na cama com o forro
bagunçado, e abre o livro em uma página qualquer. Leva-o ao seu narizinho fino,
e dá uma bela de uma fungada na página branca, suspirando com o cheiro do
objeto tão amado. E como ela ama aquele cheiro! “Ás vezes supera até o de
chocolate na panela”, pensa ela.
Daí, ela percebe os desenhos em algumas páginas sortidas, e
fica admirada com o coelho fofo que a encara com um olhar assustado. Sua
admiração é tamanha que ela precisa deslizar os dedos sob o animal para lhe
provar que não passa de um mero desenho. “Mas que desenho esse”, pensou. “Até
me confundi, achando que olhava para um coelho de verdade!”
Agora que Lori estava feliz mesmo, já sabendo que iria amar aquele
livro. E se não amasse, iria mentir dizendo que amou, porque um livro com um
coelho daqueles merece todo um carinho. Passaram-se minutos e ela não conseguia
parar de olhar o coelhinho, e tamanha foi sua loucura que ela ouviu ele lhe cumprimentar.
E já ficando maluca, ela conversa com o
bichano, dá risada de suas piadas e o faz saltar algumas vezes.
Até que sua mãe lhe grita dizendo que ela tem que tomar
banho, que já está escurecendo e que é para ela deixar de falar sozinha. “Mas
ora essa, até parece que sou maluca para falar comigo mesma!” diz ela para o
coelho que pisca seus olhinhos em resposta.
E já ouvindo outro grito da mãe
estressada, ela se despede do bichinho e vai de encontro á mãe. “Mãe essa, que
não entende minhas manias” pensa ela com seus botões, queixando-se do tom da
mulher e de não estar lá, em seu quarto perto da pilha de livros grossos e
finos, conversando com seu amado coelho branco e pálido feito papel.
Eu amei esse texto e a Lori é muito meiga né? Quem sabe eu faça outros contos com ela, :)
Comentem o que acharam ou sugestões ou um Oi.
xoxo, babi
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Comentem o que acharam ou sugestões ou um Oi.
xoxo, babi
Oi, Beatriz!
ResponderExcluirQue fofo esse texto. Adorei a parte do coelhinho... afinal, como não amar um livro com um coelhinho fofo? hahaha
Essa frase é muito bonita também, super me identifiquei: "mas seus queridos livros eram outro tipo de alegria. Daquela mais quieta, pura e ingênua, como a verdadeira criança que o segurava por entre os dedos." ♥
Beijos,
Priscilla
http://infinitasvidas.wordpress.com
Oi, na verdade aqui é babi, a gente não consegue mudar o nomezinho hahah.
ExcluirEnfim, obrigada, também gostei muito do coelhinho :). E que bom que você se identificou com a frase, adorei saber disso :).
xoxo pri, obrigada pelo comentário :).
Olá!
ResponderExcluirAdorei o texto, muito bacana <3!
Beijos.
memorias-de-leitura.blogspot.com
Oi flor, brigada, fico feliz por ter gostado :)
Excluirbeijão, babi
Me lembrou Alice No Pais das Maravilhas (<3) adorei o texto. Ficou muito bom
ResponderExcluirBrigada yas, me inspirei em Alice, porque ela é muito fofa e porque sim! hahaha, fico muito feliz por ter gostado, e obrigada :).
ExcluirValeu pelo comentário, beijão :)